sábado, 23 de julho de 2011

Boletim televisivo do Setps continua em ação

O boletim televisivo do Setps continua mandando bem! Desta vez, utilizou-se da criação de um Seminário para tentar vender o BRT de Bogotá para os baianos. Criou-se a "Agenda Bahia 2011" em que no primeiro evento (4/8) o tema será Portos e Mobilidade Urbana e, como palestrante, não é nenhum gestor do Metrô de Paris, nem de Londres, nem de Madri, será um gestor do BRT de Bogotá. 
Sugerimos inscrição para participar deste evento para tentarmos descobrir o que que esse pessoal é capaz de fazer para tentar empurrar o BRT para nós.
Faça aqui a sua inscrição. 

Aproveite e conheça o BRT de Bogotá, o Transmilenio que é chamado de Transmicheio.  
Agora, o caos sem sair da cidade: veja


Precisamos construir um documento (reportagens, fotos, vídeos, estudos, atos normativos etc) que registre o caos do transporte coletivo de ônibus em Salvador para fazermos uma representação no Ministério Público. Solicitamos ajuda da sociedade baiana neste sentido. Envie para nós o mais rápido possível pelo e-mail salvadorsobretrilhos@gmail.com

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Por que os brasileiros não reagem diante da corrupção de seus políticos?

O fato de que somente seis meses de governo, a presidente Dilma Rousseff ter demitido dois ministros de primeira importância, herdados do gabinete de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, o da Casa Civil da Presidência, Antônio Paloci – uma espécie de primeiro ministro – e o de Transportes, Alfredo Nascimento, caídos ambos sob os escombros da corrupção política, pergunta-se aos sociólogos porque neste país, onde a impunidade dos políticos corruptos chegou a criar uma verdadeira cultura de que “todos são ladrões” e que “ninguém vai à cadeia”, não existe o fenômeno, hoje em alta no mundo, do movimento dos indignados.


É que os brasileiros não sabem reagir frente a hipocrisia e falta de ética de muitos dos que lhes governam? É que não lhes importa que tantos políticos que lhes representam no governo, no Congresso, nos Estados e nos Municípios, sejam descarados ladrões do dinheiro público? Perguntam-se não poucos analistas e blogueiros políticos.

Nem sequer os jovens, trabalhadores e estudantes, têm manifestado até agora a mínima reação diante da corrupção de quem lhes governam. Curiosamente, a mais irritada diante do assalto aos cofres públicos do Estado parece ser a presidente Rousseff, que há mostrado publicamente seu desgosto com o “descontrole” atual em áreas de seu governo e há expulsado já literalmente de seu Executivo – e se diz que não há acabado ainda com a praga – a dois ministros-chave, com o agravante de que foram herdados de seu antecessor, o popular ex-presidente Lula da Silva, que lhe pediu que os mantivessem em seu governo.

A imprensa brasileira diz que Rousseff começou – e o preço que terá que pagar será elevado – a desfazer-se de uma certa “herança maldita” de hábitos de corrupção que vêm do passado. E a gente da rua, por que não faz eco ressucitando também aqui o movimento dos indignados? Por que não se mobilizam nas redes sociais? Brasil, que com motivo da chamada da marcha Diretas já (uma campanha política no Brasil durante os anos de 1984 e 1985 com a qual se reividicava o direito de eleger o presidente do país por voto direto dos eleitores), saiu às ruas dentro da ditadura militar para pedir eleições, símbolo da democracia, e também o fez para obrigar o ex-presidente Fernando Collor de Mello (1990 – 1992) a deixar a Presidência da República diante das acusações de corrupção que pesavam sobre ele, hoje (o Brasil) está mudo diante da corrupção. As únicas causas capazes de levar às rua até dois milhões de pessoas são os homossexuais, os seguidores das igrejas evangélicas na Marcha para Jesus e os que pedem a descriminação da maconha.

Será que os jovens, especialmente, não têm motivos para exigirem um Brasil não só mais rico a cada dia, ou pelo menos menos pobre, mais desenvolvido, com maior força internacional, senão também um Brasil menos corrupto em suas esferas políticas, mais justo, menos desigual, onde um vereador não ganhe até 10 vezes mais que um professor e um deputado 100 vezes mais, ou onde um cidadão comum depois de 30 anos de trabalho se aposente com 650 reais (400 euros) e um funcionário público com até 30.000 reais (13.000 euros).
O Brasil será em breve a sexta potência econômica do mundo, mas segue atrás em sua desigualdade social, na defesa dos direitos humanos, onde uma mulher ainda não tem o direito de abortar, o desemprego das pessoas negras é de uns 20%, diante de 6% dos brancos, e a polícia é uma das que mais causa mortes no mundo.

Há quem responsabiliza a apatia dos jovens a ser protagonistas na renovação ética do país, ao fato de que uma propaganda bem desenhada lhes convenceu de que o Brasil é hoje invejado por meio mundo, em outros aspectos. Ou que a saída da pobreza de 30 milhões de cidadãos lhes fazia crer que tudo vai bem, sem entender que um cidadão de classe média européia equivale ainda hoje a um rico do Brasil.

Outros atribuem que os brasileiros são gente pacífica, pouco dado a protestos, que gostam de viver felizes com o muito ou pouco que têm e que trabalham para viver em vez de viver para trabalhar. Tudo isso é também certo, mas não explica que no mundo globalizado, onde hoje se conhece de imediato tudo o que ocorre no planeta, começando pelos movimentos sociais de protestos de milhões de jovens que pedem democracia ou à acusa de estar degenerada, os brasileiros não lutem para que o país além de ser mais rico seja também mais justo, menos corrupto, mais igualitário e menos violento em todos os níveis.

Esse Brasil que os honestos sonham deixar como herança aos seus filhos e que, também é certo, é um país onde sua gente não há perdido o gosto de desfrutar do que tem, seria um lugar ainda melhor se surgira um movimento de indignados capaz de limpá-lo da gentalha da corrupção que abraça hoje a todas as esferas do poder. 

Conforme prometido, realizamos a tradução do artigo publicado no El país:

¿Por qué los brasileños no reaccionan ante la corrupción de sus políticos?


Veja o movimento dos indignados no facebook (entre com sua senha)

Sistema cicloviário de Salvador

Uma conquista para os ciclistas de Salvador foi anunciada nesta quarta feira (20), por meio do Diário Oficial do Município. A Lei 8.040/2011 de autoria do vereador Gilmar Santiago (PT), institui as diretrizes para a implantação do sistema cicloviário, para o uso do meio de transporte voltado à mobilidade urbana sustentável. A nova legislação prevê que a cidade seja beneficiada por rede viária constituída por ciclovias, ciclofaixas, faixas compartilhadas, rotas operacionais de ciclismo e locais específicos para estacionamento (bicicletários e paraciclos). “No próximo dia 26 de julho, às 9h, no Plenário Cosme de Farias, realizaremos a sessão especial da Câmara para debater o sistema cicloviário de Salvador e compatibilizar o projeto que está sendo elaborado pela Conder com as diretrizes estabelecidas na lei”, comentou o autor da norma. A medida determina também que os terminais e estações de transportes de passageiros, edifícios públicos, escolas, shoppings e outros locais de grande afluxo de pessoas deverão se adequar com novas medidas. Neste domingo (17), um protesto em Salvador tentou chamar a atenção para a violência no trânsito, principalmente à morte do ciclista Jaimilson Bonfim, atropelado em 16 de julho.



quinta-feira, 21 de julho de 2011

Veja o vídeo e marque a alternativa correta




Veja o vídeo e identifique os personagens que você vê:

A  (  ) Um presidente de outro planeta que pousou no Brasil e não sabia de nada que acontecia aqui.

B (  ) Um senador que morreu e não sabia, mas como nunca fez diferença em vida ninguém lhe avisou.   

C (  ) Um ex-governador atrapalhado que deu um comando errado para a polícia militar, ao invés de dizer “peguem os ladrões nas ruas” disse “invadam a UFBA e batam nos estudantes”.   

D (  ) Um ministro que sonha governar a Bahia mas quando era líder de bancada e seu chefe quis mudar o nome do Aeroporto Dois de Julho ele apoiou a votação em regime de urgência.

E (  ) Um governador surdo que escutou as construtoras e derrubou um estádio de futebol.

F (  Um prefeito que não quer o metrô de Salvador funcionando para nãdiminuir os lucros dos empresários de ônibus.

G (  ) Todas as alternativas corretas.

H (  ) Nenhuma das alternativas. 

quarta-feira, 20 de julho de 2011

População de cajazeiras também quer Metrô - II

Um trem alucinado

Em tempo de corrupção exposta no Ministério dos Transportes o governo federal quer fazer o TAV - Trem de Alta Velocidade ligando São Paulo, Campinas e Rio de Janeiro. Reconhecemos a necessidade do projeto, mas estamos preocupados com  o elevado custo da obra e a não priorização de recursos para trilhos em outras cidades do Brasil. Abaixo, pedaços de um texto sobre o assunto:


"A alucinação que cerca o projeto do TAV - Trem de Alta Velocidade fica mais evidente quando se pensa a questão da prioridade. Imaginemos que pudessem ser mobilizados recursos da ordem de R$ 60 bilhões para investimentos ferroviários no Brasil.
Que coisas poderiam ser feitas com esse dinheiro? Na área de transportes de passageiros, R$ 25 bilhões de novos investimentos em metrô e trens urbanos, beneficiando mais de três milhões de pessoas por dia útil em todo o país: Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Belo Horizonte, Rio, Goiânia, Brasília, Salvador, Recife, Fortaleza… Sabem quantas o trem-bala transportaria por dia? Cerca de 125 mil, numa hipótese, digamos, eufórica."
Texto integral: José Serra

terça-feira, 19 de julho de 2011

População de cajazeiras também quer Metrô

A comunidade de Cajazeiras e adjacências, que somam cerca de 1 milhão de cidadãos, de acordo com o Censo do IBGE de 2010, está realizando diversas manifestações na tentativa de sensibilizar as autoridades, sobretudo o governador Jaques Wagner, sobre a necessidade da implantação do metrô para atender toda a região. Na quarta-feira (20), a partir das 7 horas, está programada uma grande manifestação, que iniciará no Largo da Feirinha e depois caminhada sentido Cajazeira X.

Segundo Evanir Borges, presidente da União das Associações de Moradores da região, há mais de 20 anos as pessoas que moram e trabalham por ali vivem na expectativa de ter um transporte público de qualidade.  

“No ano 2000, iniciaram a primeira etapa de 12 quilômetros da linha 1 do metrô Lapa – Pirajá. Em seguida, foi anunciado seu prolongamento até Cajazeiras, com mais 14 quilômetros de trilhos. Mais recentemente, o ex-presidente Lula também garantiu que o metrô chegaria até a nossa comunidade. No entanto, até agora, nada”, lamentou ele. “Agora, assistimos anúncio de que os recursos destinados pela União para resolver problemas de trânsito e transporte em toda a cidade será usado somente na Paralela. Nós que moramos no maior bairro popular da América Latina não iremos admitir isso”, protestou. “Esqueceram de Cajazeiras e adjacências e de seu mais de um milhão de pessoas”. 

A liderança comunitária explica que o ato da próxima quarta-feira é a manifestação da revolta do povo, que há 12 anos recebeu promessa de ganhar um metrô e agora descobre existe o dinheiro que poderia concretizar o fato, mas as autoridades optaram por beneficiar uma única área da cidade, esquecendo as Cajazeiras. “Somos residentes da periferia, sim, com muito orgulho, e nos foi prometido que o metrô chegaria até Cajazeiras. Agora, planejam nos tirar do projeto de transporte. Será que um bairro tão populoso não merece metrô? Será que a periferia não tem direito ao metrô? Aqui mora o povo que realmente usaria o metrô? Por que estamos sendo excluídos do processo?”.



Fonte: Jornal da Mídia